Com um país cada vez mais descrente na política e nos políticos (a abstenção nas eleições legislativas de 4 de outubro ficou nos 43,07%, a maior de sempre registada em eleições legislativas), valerá a pena perguntarmo-nos a razão de ser das juventudes partidárias.
Mais de 108 mil jovens portugueses estão inscritos numa juventude partidária, sendo a JSD a que tem mais militantes apesar de muitos deles não terem ainda, sequer, idade para votar (fonte: Jornal Público).
Ao longo da minha vida profissional já tive oportunidade de conhecer vários “jotas” e fui percebendo que têm pontos em comum: a vontade de executarem planos e atividades em representação e defesa da sua classe, bem como fazerem desse período da vida uma espécie de “tubo de ensaio” da vida política e dos princípios a ela associados.
Alguns, muitos, seguiram efetivamente esse caminho, outros, desanimaram e perderam o fulgor de “cidadão político” mas não podemos ignorar que boa parte dos futuros políticos dos vários partidos dão os primeiros passos no seio das juventudes partidárias e ali se formam homens que um dia poderão vir a governar-nos.
Que ideologia seguem e o que as motiva? Será que a atividade política é, para eles, um exercício da cidadania? Que ídolos os inspiram? Desempenham, de facto, tarefas com consequências úteis? Estas foram algumas questões das quais partimos para um dos mais interessantes “Alenquer em Debate” deste ano na Rádio Voz de Alenquer, que pode ouvir aqui, com Jorge Faria de Sousa, da JSD, André Riso, da JS e Diogo Correia, da JCP.