APDSI: Conclusões do MeetOn “Testemunhos de Transição Digital na Democracia”

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Face à contingência de confinamento, foi reforçada a componente digital e telefónica na Administração Pública (AP), sendo este mais um exemplo de que se está em processo de migração para o digital. Outro exemplo dessa deslocação, logo a 18 de março, foi a criação da plataforma “Estamos ON” – a face visível de uma organização que está ao serviço do cidadão e que criou respostas rápidas para dar ao seu público. A AP também não parou as funções de backoffice para garantir todas as frentes de serviço ao cidadão. No meio desta crise pandémica, as necessidades de primeira ordem foram cumpridas, ressalva a Secretária de Estado para a Inovação e Modernização Administrativa. O teletrabalho veio reforçar a capacitação das lideranças em gerir equipas remotamente, num ambiente exigente e de crise.

Por outro lado, a capacidade infraestrutural dos sistemas informáticos existentes e a Linha Saúde 24, que deixou de atender 15 mil chamadas num só dia, provam que precisamos de investir continuamente no digital.

A maior dificuldade neste período, refere José Magalhães, deputado do PS, foi sentida pela população idosa docente em contexto escolar, que só com a “ajuda” do vírus é que está a ser empurrada para a frente: “Era preciso pôr em prática políticas públicas nesta área”.

Portugal tem fibra da melhor qualidade, mas regiões pouco ligadas por défice de qualificações digitais e outras de caráter básico. Este cenário traz dificuldades à AP, que não pode proclamar a supremacia do digital, porque haverá sempre cidadãos que não sabem como tirar partido desses meios que não servem de nada se não forem bem utilizados.

Helena Martins, Public Policy Manager da Google Portugal, fechou o painel de intervenções sobre a transição digital na democracia, considerando que o digital traz riscos, mas a oportunidade da diminuição da barreira na partilha da informação e no dar voz a determinadas comunidades que podiam não conseguir falar de outro modo, permite a alguns negócios venderem os seu produtos e diminui as barreiras entre governos e populações. “Diminui a barreira para que negócios possam vender os seus produtos; diminui o gap de acesso a determinados serviços e informações”, diz Helena Martins.

A missão da Google em tudo isto é organizar todas as informações do mundo e torná-las disponíveis.

Estas são apenas algumas das conclusões que estão disponíveis neste documento.

Daniela Azevedo para a APDSI

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