D’Alma sobre o segundo álbum: «A nossa música está a ser muito bem recebida além fronteiras»

D'Alma falam sobre o segundo álbum de carreira

2016 foi o ano de lançamento do álbum “Caminho D’Alma”, o segundo trabalho dos D’Alma, que pretende perpetuar grandes poetas como Florbela Espanca, José Saramago, Ricardo Reis e Álvaro de Campos (Fernando Pessoa), Miguel Torga, Rita Margaret, António Aleixo, António Carlos Santos, Sofia de Mello Brayner Anderson, Ester Cid e Joaquim C. Silva, Machado de Assis, Cristina Lebre, Isabel Ferreira e Etelvina Diogo.

“Caminho D’Alma” conta com a participação especial do compositor brasileiro Michael Sullivan, autor da música de ‘O Amor é Lindo’, que tem letra de Joaquim C. Silva e é interpretada em dueto. Cada uma das canções do novo disco representa a individualidade e unicidade de cada um de nós.

O single que tem mostrado o álbum a Portugal é o ‘Falo de Ti às Pedras das Estradas’, de Florbela Espanca e Joaquim C. Silva, que motivou esta troca de impressões com o próprio e que está disponível, mais abaixo.

Daniela Azevedo – Quem são os D’Alma e como se formaram?
Joaquim Silva – Os D’Alma são uma banda pop rock do Porto que se formaram com o objetivo da  unirem ainda mais a poesia da língua portuguesa pelos países lusófonos no mundo.

DA – ‘Falo de Ti às Pedras das Estradas’ é uma canção romântica. A letra é de Florbela Espanca. Foi um desafio complicado musicá-la?
JS – Musicar este soneto para mim foi um prazer. É a minha essência. No primeiro álbum musiquei dois sonetos, neste segundo álbum fiz igualmente Florbela Espanca. É a magia em mim. A essência de sentimentos.

DA – Onde nos leva o “Caminho D’Alma”?
JS – Leva-nos a percorrer a poesia lusófona desde os poetas passados atá aos poetas contemporâneos. A continuidade da poesia em música.

DA – Há uma participação brasileira no álbum. Como e porque é que surgiu?
JS – A nossa música está a ser muito bem recebida além fronteiras. Os mais atentos gostam de fazer parcerias com o que de bom se faz noutros países e por isso surgiu a participação de um dos maiores compositores brasileiros, o Michael Sullivan.

DA – Tal como ele também gostavam de ter alguma canção vossa em telenovelas? Qual?
JS – Do primeiro álbum tivemos o poema de Álvaro de Campos. ‘Todas As Cartas De Amor São Ridículas’, na banda sonora da novela “Belmonte”, da TVI. Este segundo álbum tem músicas com esse potencial, por isso estamos à espera de ter novamente outro tema numa novela. A música tem que ser adequada à cena.

DA – Onde têm estado a tocar?
JS – Temos estado um pouco por todo o país e com alguns contactos do estrangeiro visto que temos a colaboração do Instituto Camões que, através das suas redes, tem divulgado o projeto dos D’Alma.

DA – Já que estamos da reta final do ano, pergunto que objetivos ainda querem cumprir em 2016?
JS – 2016 está mesmo na reta final . Estamos a pensar em 2017. A elaborar projetos que estão a ser trabalhados e sempre com a poesia como horizonte.

Daniela Azevedo

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