O segredo do sucesso de “Velocidade Furiosa”. E não, não é o óxido nitroso

Velocidade Furiosa 8

O segredo do sucesso da saga de filmes “Velocidade Furiosa“, além de ser uma injeção de adrenalina, certamente reside no facto de ser muito mais que uma experiência cinematográfica destinada aos apaixonados por aventura, bad boys e carros velozes a irem pelos ares. Tudo isto só enriquece a produção, não substitui qualquer eventual vazio de argumento.

Foi há 16 anos que Brian O’Connor (Paul Walker) e Dominic Toretto (Vin Diesel) começaram a fazer sucesso na luta contra traficantes de droga de dimensão local mas, no decorrer deste tempo, a subcultura quase proibitiva do tunning e da velocidade não autorizada, deu lugar a planos criminais que, inteligentemente, estão na agenda dos entusiastas (e preocupados) com o avanço das novas tecnologias e com a possibilidade nada remota de a IoT e dos carros com chaves virtuais nos levarem direitinhos às mãos dos terroristas hi-tech. Na 8.ª parte do “Velocidade Furiosa” os jogos de espionagem e apropriação ilegal de carros ligados à Internet e comandados por Bluetooth são liderados pela inescrupulosa Cipher (Charlize Theron), que já teve melhores dias na 7.ª arte. Do ponto de vista visual, o momento “wow” é garantido com carros a cair do céu ou num submarino a emergir do gelo.

Os diálogos bem humorados são outro ponto forte da saga e aqui, mesmo com o conceito de “família” a ser posto a prova quanto Toretto vira costas, as tiradas divertidas são uma constante que se alarga aos momentos de fuga perigosa na Rússia. De certa forma parece que nenhum deles se importa se vai morrer, ser preso ou despedir-se ali de algum amigo.

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Roman – Porque estão a alvejar-me? Tej – Talvez por estares num Lamborghini cor de laranja!

“Velocidade Furiosa 8” é o primeiro sem Paul Walker, falecido em novembro de 2013 na sequência de um irónico acidente de viação. O filme rendeu 486 milhões de euros em bilheteira só na primeira semana, tornando-se na estreia mais rentável de sempre na história do cinema ao superar “Star Wars: The Force Awakens” e o clássico “Jurassic Park”. Foi o lançamento mais ambicioso de sempre dos estúdios Universal.

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Dom Toretto mantém-se fiel ao seu Dodge Charger RT de 1970

Dom conduz, como sempre, o seu fiel Dodge Charger RT de 1970, preto, à prova de tudo. A título de curiosidade ficamos a saber que, só para uma cena, a equipa de “Velocidade Furiosa” reuniu um conjunto de carros de sonho, avaliados em mais de 15 milhões e 500 mil euros, que acabaram num amontoado de chapa.

Queira-se ou não, os carros autónomos são a próxima grande revolução do setor e quase todas as marcas fortes vão passar o verão de 2017 a testá-los “na rua”. Na Europa, a partir de março de 2018, a ligação à Internet passa a ser obrigatória e os carros deverão estar equipados com um sistema eletrónico de alerta, de modo a melhorar a eficácia da intervenção em caso de acidente.  E há mais “Velocidade Furiosa” em abril de 2019!

Daniela Azevedo

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