Quid chegam às FNACs com o EP de estreia: «Queremos lavar a cara ao rock, pop, acústico, alternativo»

Os Quid são Anabela Tomás, Marília Maia e Moura, Rita Tiago e Luís Santos

Os Quid são um projeto de originais em português que, depois de uma formação inicial datada de 2003, surgiu em 2014 em formato acústico e disposto a marcar uma posição na cena musical pop, rock e alternativa de Lisboa.

“Gramática de Ser” é o EP de apresentação dos Quid que já os levou a atuar em várias salas do país. A que se segue é a FNAC do Centro Comercial Alegro, em Alfragide, onde vão dar um show case, gratuito, a partir das 17h00 de sábado, dia 12. No dia seguinte a atuação tem lugar na FNAC do Centro Comercial Vasco da Gama, em Lisboa. Anabela Tomás dá voz às letras intimistas e às melodias que ecoam do violoncelo de Marília Maia e Moura, da percussão de Rita Tiago e dos acordes das violas de Luís Santos, também o autor das letras.

Os Quid são Anabela Tomás, Marília Maia e Moura, Rita Tiago e Luís Santos
Os Quid são Anabela Tomás, Marília Maia e Moura, Rita Tiago e Luís Santos

Daniela Azevedo – Quando é que vocês perceberam que o projeto ia, definitivamente, avançar?
Luís Santos – Mais ou menos há oito meses, quando percebemos que já tínhamos um EP e que já era possível um show case de 40 minutos nas FNACs. Sentimos ao mesmo tempo muita vontade de sair da sala de ensaio, mostrarmos o nosso som e, obviamente, perceber qual a reação do público.

DA – Como é que se juntaram os quatro e perceberam que o caminho era este?
LS – Mantenho o projeto com a vocalista [Anabela Tomás] há oito anos, mas há um ano resolvemos começar a apostar na procura de músicos para por o projeto em andamento. Resolvemos arriscar nas camadas mais jovens (alunas da escola onde dou aulas com formação musical – violoncelo e bateria) e fizemos o convite, que nos pareceu ser o caminho certo nesta vertente acústica. Assim sendo, há coisa de um ano e pouco juntámo-nos para os primeiros acordes e três meses depois dávamos os primeiros passinhos em público. [risos]

DA – Porquê o nome Quid?
LS – [risos] Ui! Vou tentar ser direto. Tem muitos anos este nome. É um conceito que, para mim, surge ao longo do meu curso de Filosofia, quando “quid” me aparece como uma interrogação existencial – o que somos? Daí também surgiu o nome do nosso EP, “Gramática de Ser”, ou seja, qual é o nosso ser na existência… Quid!

DA – E o que te inspirou a compor, mesmo na fase em que os Quid tinham o futuro incerto?
LS – O sempre muito referido cliché: “o bichinho pela música”, o não conseguir desistir, o estar no sangue, a vontade de escrever e musicar o que se escreve ou vice-versa.

DA – Como é a vossa vida fora dos Quid? Têm outras profissões/trabalhos?
LS – Sim, as mais novinhas estudam; Rita Tiago – percussões – estuda  produção e tecnologias da música na EPI/ETIC; a Marilia Maia e Moura – violoncelo – estuda fotografia na mesma escola; eu sou professor de Filosofia e dou aulas nesse mesmo sitio ; a Anabela tem tem um curso de teatro e voz e, atualmente, além dos Quid, tem um emprego muito nobre como auxiliar operacional.

DA – Que temas compõem o EP de estreia?
LS – Este EP de divulgação está agora a ser finalizado. Sim, começámos a nossa divulgação ao contrário, mas não podíamos deixar passar e desperdiçar esta nossa FNAC tour [risos] pelo que é mais fácil dizer quais os temas que tocamos ao vivo, pois a finalização do EP está para breve. Aí estarão apenas cinco temas do nosso espectáculo: ‘Quid’; ‘Analepse’; ‘Gramática de Ser’; ‘Veludo Azul’ e ‘Sempre Demais’.

DA – O que é que procuram dar a conhecer com o vosso EP?
LS – Além de uma roupagem acústica, com alguns salpicos mais digitais, queremos que a língua materna seja o que melhor possa definir, ao nível das letras, o próprio “Quid”. Ao nível musical, a nossa sonoridade quer ser bem portuguesa com a introdução de instrumentos mais acústicos, que estamos a experimentar. Mas no fundo queremos lavar um pouco a cara ao dito rock/pop/acústico/alternativo de uma forma muito Quidesca [risos].

DA – Como é que vocês têm sido recebidos pelo público desde que voltaram aos palcos?
LS – Sendo que no início tocas essencialmente para amigos, mesmo numa FNAC, a verdade é que muitas pessoas vão passando, parando, ouvindo e ficando. Notamos ainda que a classe mais madura adere mais, mas já vi algumas crianças a cantarolarem as letras [risos].

DA – A reação do público ajuda-vos a perceber quais os temas fortes do EP?
LS – Exato, como dissemos, e assumindo que começamos a divulgação nas FNACs sem o EP estar totalmente pronto, estamos super atentos às reações, elas ditarão a composição do nosso EP “Gramática de Ser”.

DA – Agora que Portugal se parece ter tornado um país de festivais, em qual vocês gostavam de atuar neste verão?
LS – Não sabemos… claro que qualquer festival é sempre bem vindo, é um sonho de todos (estamos em votação com o tema ‘Gramática de Ser’ no concurso EDP bandas NOS Alive 16), mas sabemos o quanto é difícil. Afinal, o nosso projeto tem “cara” de Coliseu ou Aula Magna pelas características sonoras. Mas venham todos! [risos] Rock in Rio, NOS Alive, Paredes de Coura!…

DA – Numa frase, convençam lá o público a ir ao vosso show case na FNAC do Allegro neste sábado…
LS – Embarquem com os Quid e deixem-se levar nos versos intimistas acompanhados de ritmos e melodias que ecoam por cada espaço em que são tocados.

Daniela Azevedo

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